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Clorpromazina

Detalhes:

Tipo:

Antipsicótico típico

Classe:

Antagonista de receptores dopaminérgicos (D2)

Opções comerciais:

Referência:

Amplictil (Sanofi)

Similares:

Clorpromazina (EMS): Comprimidos (25 mg, 100 mg); Clorpromazina (Medley): Comprimidos (25 mg, 100 mg)

Resumo da Medicação: Clorpromazina

1. Como a Clorpromazina funciona no corpo

A Clorpromazina é um medicamento antipsicótico típico da classe das fenotiazinas, utilizado para tratar transtornos psiquiátricos e outras condições. Ela atua bloqueando os receptores de dopamina (D2) no cérebro, reduzindo a hiperatividade desse neurotransmissor, que está associada a sintomas como delírios, alucinações e agitação. Além disso, a Clorpromazina também tem efeitos sedativos e antieméticos (reduz náuseas e vômitos).

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2. Indicações principais

A Clorpromazina é indicada para tratar:

- Esquizofrenia e transtornos psicóticos: Redução de sintomas como delírios, alucinações e agitação.

- Transtorno bipolar: Controle de episódios maníacos e agitação psicomotora.

- Náuseas e vômitos graves: Em casos em que outros medicamentos não são eficazes.

- Tétano: Como parte do tratamento para reduzir espasmos musculares.

- Hiperatividade e agressividade em crianças: Quando outras abordagens não são eficazes (uso restrito e supervisionado).

- Insônia grave: Em casos específicos, devido ao seu efeito sedativo (uso off-label em algumas situações).

- Dor crônica: Como coadjuvante em algumas condições dolorosas.

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3. Efeitos colaterais comuns e por que eles acontecem

A Clorpromazina pode causar efeitos colaterais devido à sua ação no sistema nervoso central e em outros sistemas do corpo. Os mais comuns incluem:

- Sonolência: Decorre do efeito sedativo sobre o sistema nervoso.

- Boca seca: Relacionada à ação anticolinérgica do medicamento.

- Tontura ou hipotensão postural: Pode ocorrer devido à redução da pressão arterial, especialmente ao levantar-se rapidamente.

- Visão turva: Resulta da ação anticolinérgica nos músculos oculares.

- Constipação: Causada pela redução da motilidade intestinal.

- Ganho de peso: Relacionado a alterações no apetite e metabolismo.

- Reações extrapiramidais: Como tremores, rigidez muscular e movimentos involuntários, devido ao bloqueio da dopamina.

- Aumento da sensibilidade à luz (fotossensibilidade): A pele pode ficar mais sensível à luz solar.

Efeitos mais graves (raros):

- Discinesia tardia: Movimentos involuntários persistentes, geralmente após uso prolongado.

- Síndrome neuroléptica maligna: Uma condição rara, mas grave, com febre alta, rigidez muscular e confusão.

- Agranulocitose: Redução perigosa dos glóbulos brancos, aumentando o risco de infecções.

- Icterícia colestática: Amarelamento da pele e olhos devido a problemas no fígado.

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4. O que fazer a respeito dos efeitos colaterais

Aqui estão algumas dicas para lidar com os efeitos colaterais:

- Sonolência: Tome o medicamento à noite, se possível, e evite atividades que exijam atenção, como dirigir.

- Boca seca: Mantenha-se hidratado, masque chicletes sem açúcar ou use substitutos de saliva.

- Tontura: Levante-se lentamente ao mudar de posição para evitar quedas.

- Constipação: Aumente a ingestão de fibras e líquidos na dieta.

- Fotossensibilidade: Use protetor solar e roupas que cubram a pele ao se expor à luz solar.

Atenção: Informe o médico imediatamente se notar sintomas graves, como febre alta, rigidez muscular, movimentos involuntários ou sinais de infecção (febre, dor de garganta).

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5. Doses comumente utilizadas

A dose de Clorpromazina varia amplamente dependendo da condição tratada, da idade do paciente e da resposta individual. Doses comuns incluem:

- Esquizofrenia e transtornos psicóticos:

Dose inicial: 25 mg a 75 mg por dia, dividida em 2-3 doses.

Dose de manutenção: 200 mg a 800 mg por dia, ajustada conforme necessário.

- Transtorno bipolar (episódios maníacos):

Dose inicial: 25 mg a 50 mg por dia, podendo ser aumentada gradualmente.

- Náuseas e vômitos graves:

Dose comum: 10 mg a 25 mg a cada 4-6 horas, conforme necessário.

- Hiperatividade em crianças:

Dose inicial: 0,5 mg/kg por dia, dividida em 2-3 doses. Ajustada de acordo com a resposta.

Importante: Sempre siga as orientações médicas, pois doses inadequadas podem aumentar os riscos de efeitos colaterais graves.

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6. Perguntas Frequentes (FAQ)

Quanto tempo leva para a Clorpromazina fazer efeito?

Os efeitos sedativos podem ser percebidos em 30 minutos a 1 hora após a administração. Os benefícios completos no tratamento de transtornos psicóticos podem levar semanas.

A Clorpromazina causa dependência?

Não, a Clorpromazina não causa dependência química. No entanto, a interrupção abrupta pode causar sintomas de abstinência, como insônia, agitação ou náuseas.

O que fazer se eu esquecer uma dose?

Tome a dose esquecida assim que lembrar. Se estiver próximo do horário da próxima dose, pule a dose esquecida. Nunca tome uma dose dupla.

É seguro usar Clorpromazina durante a gravidez?

O uso deve ser avaliado caso a caso. Pode haver riscos para o feto, e o médico deve ponderar os benefícios e os riscos.

Pode ser usada em idosos?

Sim, mas com cautela. Idosos são mais suscetíveis a efeitos colaterais como tontura, sedação e hipotensão, e doses menores são geralmente recomendadas.

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7. Cuidados Especiais

- Evite álcool: O consumo de álcool pode potencializar os efeitos sedativos da Clorpromazina.

- Monitoramento médico: É importante realizar exames regulares para monitorar a função hepática, cardíaca e os níveis de glóbulos brancos.

- Não interrompa o uso abruptamente: A interrupção repentina pode causar sintomas de abstinência. Sempre reduza a dose gradualmente sob orientação médica.

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Resumo Final

A Clorpromazina é um antipsicótico eficaz para tratar esquizofrenia, transtornos psicóticos, náuseas graves e outras condições. Apesar de seus benefícios, pode causar efeitos colaterais, como sonolência, boca seca e reações extrapiramidais. Seu uso deve ser cuidadosamente monitorado por um médico, especialmente em idosos e pacientes com condições médicas pré-existentes. Em caso de dúvidas ou sintomas incomuns, procure seu médico imediatamente.

Referências

Stahl, Stephen M. Fundamentos de psicofarmacologia de Stahl : guia de prescrição – 6. ed. – Porto Alegre: Artmed, 2019.

Cordioli, Aristides V. Psicofármacos : consulta rápida - 5. ed. - Porto Alegre: Artmed, 2015.

Goldberg, Joseph F. Psicofarmacologia prática - 1. ed. - Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2022.

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